Olá a todos,
Estou a acabar o doutoramento (bolsa FCT) em regime misto (maior parte do tempo fora) e gostava de conhecer a situação real em Portugal sobre a contratação de doutorados para professores nas universidades, na área da matemática. Oiço muitos rumores e pessoalmente não conheço nenhum recém doutorado em matemática, que tenha sido contratado como professor auxiliar nos últimos anos, sem que fosse uma "passagem automática" de assistente a auxiliar. Imagino que esses dados devem ser conhecidos, e devem fazer parte de algum relatório do governo. Alguém sabe de alguma coisa sobre o assunto?
Para a ABIC,
O que vos parece sobre tentar disponibilizar estes dados no vosso site? Provavelmente será preciso mexer-se um pouco, mas pelo menos os concursos públicos (DR) devem estar registados nalgum sitio..
Seria uma boa forma de contrastar os "resultados" de este ou outro ministro.
Vejo que a possibilidade de fazer um post-doc em Portugal tem muito apoio, mas, e depois?
Peço a vossa ajuda, porque não sei o que fazer neste momento: post-doc em Portugal, estrangeiro, concorrer a universidades estrangeiras, tirar a toalha da investigação e concorrer ao politécnico...
Abraços e continuação de um bom trabalho!
Jorge
Estatísticas de Concursos Professor Auxiliar
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Re: Estatísticas de Concursos Professor Auxiliar
A Fenprof mantem uma lista dos concursos recentes publicados em DR.
http://www.fenprof.pt/SUPERIOR/?aba=37& ... 67&mid=132
É pena que os concursos para professores auxiliares que não saem em DR não apareçam.
O GPEARI-MCTES mantém algumas estatísticas que não se podem classificar como actualizadas (2005)
http://www.gpeari.mctes.pt/?idc=172&idt=152
Além de não mostrar a relação por áreas específicas.
Alguém conhece outros dados?
Já agora, parti do princípio que o programa Ciência 2008, não passava de uma forma diferente de post-doc. O que pensam vocês? Parece-vos que pode ser uma possibilidade de voltar a Portugal com alguma segurança?
Abraços
Jorge
http://www.fenprof.pt/SUPERIOR/?aba=37& ... 67&mid=132
É pena que os concursos para professores auxiliares que não saem em DR não apareçam.
O GPEARI-MCTES mantém algumas estatísticas que não se podem classificar como actualizadas (2005)
http://www.gpeari.mctes.pt/?idc=172&idt=152
Além de não mostrar a relação por áreas específicas.
Alguém conhece outros dados?
Já agora, parti do princípio que o programa Ciência 2008, não passava de uma forma diferente de post-doc. O que pensam vocês? Parece-vos que pode ser uma possibilidade de voltar a Portugal com alguma segurança?
Abraços
Jorge
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Re: Estatísticas de Concursos Professor Auxiliar
Tens cunha? Se não tens esquece a colocação. Um professor é colocado numa universidade como "professor auxiliar CONVIDADO". Ou seja, há um prof. qualquer que até é importante e influente no departamento que mete lá a trabalhar um ex-aluno de doutoramento ou um pós-doc qualquer. É assim a realidade das coisas. Depois, mesmo que tenhas a famosa cunha, entras como convidado, não entras para os quadros. Cada vez que abrir uma vagas para os quadros, concorrem 10 professores convidados do teu departamento e mais uns 20 professores convidados de outras universidades para essa vaga. Basicamente, o que eu quero dizer é que se tiveres a tal cunha, só efectivas passado uns 20 anos.
Estás à procura do que toda a gente quer... um trabalho na função publica que te proporcione uma vida santa sem chatices e com um ordenado acima da média. Não te censuro, é o que todos querem (olha o caso dos profs do básico e secundário).
Desculpa ter-te estragado o dia
Estás à procura do que toda a gente quer... um trabalho na função publica que te proporcione uma vida santa sem chatices e com um ordenado acima da média. Não te censuro, é o que todos querem (olha o caso dos profs do básico e secundário).
Desculpa ter-te estragado o dia

Re: Estatísticas de Concursos Professor Auxiliar
Olá,
Bem, eu não seria tão "dramático".... Pelo que observo das engenharias e ciências, o que se passa é seguinte: o sistema está a mudar.
Hoje há uma tendência acabar com os lugares de "Assistente", assim e dado que houve muitos que entraram nesse regime, o lugar de "Professor Auxiliar" tem servido para promover os "Assistentes" que entretanto acabaram o doutoramento. Segundo, sei as nomoeações definitivas automáticas estão por meses, assim mesmo quem entrar para o lugar de "Professor Auxiliar" daqui a alguns meses vai perder essa... digamos "regalia".
O futuro do "Professor Auxiliar" confesso que não sei qual vai ser... Mas de certeza menos estável do actual....
Bem, quando à questão "pós-doc" vs "programa ciência 2008", tem coisas comuns e diferentes:
Comuns:
Instabilidade: passados 4/5 anos acabam e pode voltar a questão "now what?"
Diferenças:
-"Pós-doc" é bolsa, ou seja, recebe-se a 12 meses (não há subsídios), está-se limitado à SSV, etc...
-No "programa ciência 2008" são contratos laborais a prazo: tem-se direito a subsídios (natal e férias), paga-se SS e IRS normalmente, e dado que as universidades são públicas ainda se tem direito à ADSE.
Segundo "consta em corredores" parece que os concursos "pós-doc" estão para acabar, mantendo-se apenas os programas ciência.... Mas não passam de boatos de corredores, que requerem de confirmação (dificil em período eleitoral)....
Bem, eu não seria tão "dramático".... Pelo que observo das engenharias e ciências, o que se passa é seguinte: o sistema está a mudar.
Hoje há uma tendência acabar com os lugares de "Assistente", assim e dado que houve muitos que entraram nesse regime, o lugar de "Professor Auxiliar" tem servido para promover os "Assistentes" que entretanto acabaram o doutoramento. Segundo, sei as nomoeações definitivas automáticas estão por meses, assim mesmo quem entrar para o lugar de "Professor Auxiliar" daqui a alguns meses vai perder essa... digamos "regalia".
O futuro do "Professor Auxiliar" confesso que não sei qual vai ser... Mas de certeza menos estável do actual....
Bem, quando à questão "pós-doc" vs "programa ciência 2008", tem coisas comuns e diferentes:
Comuns:
Instabilidade: passados 4/5 anos acabam e pode voltar a questão "now what?"
Diferenças:
-"Pós-doc" é bolsa, ou seja, recebe-se a 12 meses (não há subsídios), está-se limitado à SSV, etc...
-No "programa ciência 2008" são contratos laborais a prazo: tem-se direito a subsídios (natal e férias), paga-se SS e IRS normalmente, e dado que as universidades são públicas ainda se tem direito à ADSE.
Segundo "consta em corredores" parece que os concursos "pós-doc" estão para acabar, mantendo-se apenas os programas ciência.... Mas não passam de boatos de corredores, que requerem de confirmação (dificil em período eleitoral)....
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Re: Estatísticas de Concursos Professor Auxiliar
Obrigado pela repostas.
Não te preocupes, Marco, que não me estragaste o dia.
Não procuro um lugar na universidade para não ter chatices. Onde tenho estado (estrangeiro) nos últimos anos, os professores da universidade não têm propriamente uma vida sem chatices. Agora, o facto de progredirem na carreira em função da investigação que fazem (medida de forma +ou- criticável) juntamente com o facto de terem de dar um máximo de 6 horas de aula por semana faz com que as 7-8 horas que estejam na universidade sejam ocupadas em grande parte por actividades de investigação. Não vejo à minha volta "vidas santas sem chatices".
Em Portugal existem dois subsistemas de ensino, politécnico e universitário. No Politécnico actualmente não existem condições reais de investigação. No entanto, 12 horas de aulas + 6 de atendimento + reuniões de pedagógico, de avaliação e preparação semestral, científico, tratamento de inquéritos aos alunos, à escola, aos professores, etc, interacção com a comunidade, fontes alternativas de financiamento, aulas em regime nocturno, e muitas mais tarefas, não são propriamente "uma vida sem chatices". Isso sim é uma vida sem investigação. Experimentei isto antes de ser bolseiro. No entanto neste subsistema vejo que têm havido concursos em matemática, para prof. adjuntos e deverão abrir mais, caso os novos ECDEP avancem. Por gostar de investigação é que gostaria de conhecer a realidade dos concursos nas universidades portuguesas, onde há mais possibilidades de investigar, para saber, desculpem o idealismo barato, se depois da formação "pagada pelo país" podia/devia regressar para "retribuir". Começo a achar que não, que o "sistema", mesmo no politécnico, está a fechar-se em formação tartaruga contra quem quer que seja que venha de fora. Provavelmente tenho que "dar a contribuição" noutro país onde me aceitem.
DC, obrigado pelo esclarecimento.
Com respeito à situação ds Engenharias, também tenho conhecido várias contrataçoes recentes e de forma "limpa". Já na matemática..na FCUL penso que já lá vão vários anos desde o último a ser contratado para auxiliar. Na Nova e no IST, só conheci casos de Assistente->Auxiliar. Na UEvora e na UAlgarve, os cursos de matemática fecharam e a questão é como manter os professores lá. Enfim, panorama diferente do que descreves e por isso procurava dados oficiais..
Só uma achega, por agora, estão abertos concursos para post-doc na FCT até Setembro, e de momento não estão os do programa Ciência 2009(?). No futuro, de acordo com a ABIC (citando Mr. Gago) talvez os post-docs passem a contrato.
Já agora, ao forum, acham que vale a pena pedir post-doc para o estrangeiro, ou isso é mesmo para desaparecer?
Outra coisa, no ensino politécnico, excepto alguns esforços heróicos de alguns, a investigação é muito pouca, segundo critérios internacionais, quando comparada, mesmo com paises mediteranicos como Itália ou Espanha. O ministro propõe aumentar a percentagem de doutorados nos quadros. Parece lógico. Os para-quadros(equiparados) no politécnico, indignam-se:
" E nós? Vamos para a rua? Como fazemos o doutoramento com 12h de aulas? E se pedimos bolsa, quando acabarmos, esses que - andaram por aí quando nós trabalhávamos- ocupam-nos o lugar! " Tem razão sim senhor...
E agora? O ministro propõe Ciência 2007/2008, 1000 doutorados com bons contractos, com bons CVs para posições criadas do nada, desligadas dos departamentos e com duração dependente do financiamento, mas a trazer potencial para o país. "Muito bem! Muito bem!"
Mas...os politécnicos não precisavam de dinamismo? Os departamentos de "baixa produção" não precisavam de novas estratégias e de conhecimento da realidade internacional? Os para-quadros do politécnico não precisavam de mais tempo livre para fazer os seus doutoramentos? Os doutorados "fora" não querem encontrar o seu espaço em Portugal para desenvolver os seus projectos?
Será que sou o único a pensar que se podia resolver (ter resolvido) dois problemas duma cajadada, afectando as verbas do C2007/8/... com um pouco mais de inteligência?
Não te preocupes, Marco, que não me estragaste o dia.
Não procuro um lugar na universidade para não ter chatices. Onde tenho estado (estrangeiro) nos últimos anos, os professores da universidade não têm propriamente uma vida sem chatices. Agora, o facto de progredirem na carreira em função da investigação que fazem (medida de forma +ou- criticável) juntamente com o facto de terem de dar um máximo de 6 horas de aula por semana faz com que as 7-8 horas que estejam na universidade sejam ocupadas em grande parte por actividades de investigação. Não vejo à minha volta "vidas santas sem chatices".
Em Portugal existem dois subsistemas de ensino, politécnico e universitário. No Politécnico actualmente não existem condições reais de investigação. No entanto, 12 horas de aulas + 6 de atendimento + reuniões de pedagógico, de avaliação e preparação semestral, científico, tratamento de inquéritos aos alunos, à escola, aos professores, etc, interacção com a comunidade, fontes alternativas de financiamento, aulas em regime nocturno, e muitas mais tarefas, não são propriamente "uma vida sem chatices". Isso sim é uma vida sem investigação. Experimentei isto antes de ser bolseiro. No entanto neste subsistema vejo que têm havido concursos em matemática, para prof. adjuntos e deverão abrir mais, caso os novos ECDEP avancem. Por gostar de investigação é que gostaria de conhecer a realidade dos concursos nas universidades portuguesas, onde há mais possibilidades de investigar, para saber, desculpem o idealismo barato, se depois da formação "pagada pelo país" podia/devia regressar para "retribuir". Começo a achar que não, que o "sistema", mesmo no politécnico, está a fechar-se em formação tartaruga contra quem quer que seja que venha de fora. Provavelmente tenho que "dar a contribuição" noutro país onde me aceitem.
DC, obrigado pelo esclarecimento.
Com respeito à situação ds Engenharias, também tenho conhecido várias contrataçoes recentes e de forma "limpa". Já na matemática..na FCUL penso que já lá vão vários anos desde o último a ser contratado para auxiliar. Na Nova e no IST, só conheci casos de Assistente->Auxiliar. Na UEvora e na UAlgarve, os cursos de matemática fecharam e a questão é como manter os professores lá. Enfim, panorama diferente do que descreves e por isso procurava dados oficiais..
Só uma achega, por agora, estão abertos concursos para post-doc na FCT até Setembro, e de momento não estão os do programa Ciência 2009(?). No futuro, de acordo com a ABIC (citando Mr. Gago) talvez os post-docs passem a contrato.
Já agora, ao forum, acham que vale a pena pedir post-doc para o estrangeiro, ou isso é mesmo para desaparecer?
Outra coisa, no ensino politécnico, excepto alguns esforços heróicos de alguns, a investigação é muito pouca, segundo critérios internacionais, quando comparada, mesmo com paises mediteranicos como Itália ou Espanha. O ministro propõe aumentar a percentagem de doutorados nos quadros. Parece lógico. Os para-quadros(equiparados) no politécnico, indignam-se:
" E nós? Vamos para a rua? Como fazemos o doutoramento com 12h de aulas? E se pedimos bolsa, quando acabarmos, esses que - andaram por aí quando nós trabalhávamos- ocupam-nos o lugar! " Tem razão sim senhor...
E agora? O ministro propõe Ciência 2007/2008, 1000 doutorados com bons contractos, com bons CVs para posições criadas do nada, desligadas dos departamentos e com duração dependente do financiamento, mas a trazer potencial para o país. "Muito bem! Muito bem!"
Mas...os politécnicos não precisavam de dinamismo? Os departamentos de "baixa produção" não precisavam de novas estratégias e de conhecimento da realidade internacional? Os para-quadros do politécnico não precisavam de mais tempo livre para fazer os seus doutoramentos? Os doutorados "fora" não querem encontrar o seu espaço em Portugal para desenvolver os seus projectos?
Será que sou o único a pensar que se podia resolver (ter resolvido) dois problemas duma cajadada, afectando as verbas do C2007/8/... com um pouco mais de inteligência?
Re: Estatísticas de Concursos Professor Auxiliar
Jorge,
De facto, em algumas universidades os concursos para "Professor Auxiliar" não têm aberto, pois isso deve-se facto de as "necessidades" já estarem preenchidas ou não haver dinheiro para mais. A primeira acontece especialmente nas áreas mais "clássicas" cujos os doutorados têm regulares sido (como acredito que aconteça em matemática) e nas universidades mais antigas.
Quanto às pós-doc, podes sempre tentar as bolsas dos programas MIT, CMU ou UTAustin (neste último tens a área de matemática avançada)....
http://www.utaustinportugal.org/
http://www.mitportugal.org/
http://www.cmu.edu/portugal/
De facto, em algumas universidades os concursos para "Professor Auxiliar" não têm aberto, pois isso deve-se facto de as "necessidades" já estarem preenchidas ou não haver dinheiro para mais. A primeira acontece especialmente nas áreas mais "clássicas" cujos os doutorados têm regulares sido (como acredito que aconteça em matemática) e nas universidades mais antigas.
Quanto às pós-doc, podes sempre tentar as bolsas dos programas MIT, CMU ou UTAustin (neste último tens a área de matemática avançada)....
http://www.utaustinportugal.org/
http://www.mitportugal.org/
http://www.cmu.edu/portugal/
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Re: Estatísticas de Concursos Professor Auxiliar
Bem, a realidade é que eu já trabalhei em muitas empresas de engenharia e consultoria de topo e já fiz investigação e dei aulas e sem duvida alguma trabalhar numa empresa privada é muito, mas muito mais dificil mesmo (fala a voz da experiência).
Na universidade tiras 3 meses de férias por ano, se quiseres fazes a maioria do trabalho no conformo da tua casa (preparação de aulas, corrigir exames, escrever artigos, etc.), és orientador de vários alunos de mestrado e doutoramento que no final vão publicar um artigo e colocar lá o teu nome e ajudar-te a progredir na carreira, não tens nenhum idiota de um chefe directo, és funcionário publico (e todas as regalias que daí advêm), recebes muito acima da média (os profs universitários portugueses são os que ganham mais na Europa, logo a seguir à Suiça. Sim, é verdade, ganhamos mais que os inglesses, franceses e suécos)...
Comparado com o sector privado, sem duvida que isto é uma vida santa e sem grandes chatices. Tens claramente o senão do dificil acesso e progressão na carreira.
Quanto aos profs que se queixam que não conseguem tirar o doutoramento e dar 12 horas de aulas em simultâneo, eu tirei o mestrado e o doutoramento a trabalhar em simultâneo numa empresa privada 40 horas por semana. Consegui isto à custa de fins-de-semana e noitadas perdidas. E fiz o doutoramento em 4 anos. Há quem apenas tenha bolsa e demore 7 anos (acho isto deplorável). Com esforço e dedicação tudo se consegue.
Na universidade tiras 3 meses de férias por ano, se quiseres fazes a maioria do trabalho no conformo da tua casa (preparação de aulas, corrigir exames, escrever artigos, etc.), és orientador de vários alunos de mestrado e doutoramento que no final vão publicar um artigo e colocar lá o teu nome e ajudar-te a progredir na carreira, não tens nenhum idiota de um chefe directo, és funcionário publico (e todas as regalias que daí advêm), recebes muito acima da média (os profs universitários portugueses são os que ganham mais na Europa, logo a seguir à Suiça. Sim, é verdade, ganhamos mais que os inglesses, franceses e suécos)...
Comparado com o sector privado, sem duvida que isto é uma vida santa e sem grandes chatices. Tens claramente o senão do dificil acesso e progressão na carreira.
Quanto aos profs que se queixam que não conseguem tirar o doutoramento e dar 12 horas de aulas em simultâneo, eu tirei o mestrado e o doutoramento a trabalhar em simultâneo numa empresa privada 40 horas por semana. Consegui isto à custa de fins-de-semana e noitadas perdidas. E fiz o doutoramento em 4 anos. Há quem apenas tenha bolsa e demore 7 anos (acho isto deplorável). Com esforço e dedicação tudo se consegue.
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- recém-chegado
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Re: Estatísticas de Concursos Professor Auxiliar
Se alguém quiser rir um pouco com os concursos em Portugal
veja o ponto 7 de
http://www.eracareers.pt/opportunities/ ... 91&lang=pt
Parece copy/paste de um curriculum...
Será que este sistema faz sentido? É arriscar a carreira da pessoa que está à espera do concurso, gastar recursos ao estado, mentir aos candidatos e ser hipócrita com a ideia de "concurso público ".
Talvez pudéssemos dar autonomia às instituições para escolher a sua forma de contratação. Umas escolheriam concursos públicos com transparência, as outras contratariam com os critérios que definissem, como nas privadas e nas empresas . Depois, os alunos, e as entidades colaboradoras com estas instituições decidiam entre
aqueles que escolhem o seu corpo docente com base nos melhores currículos ou aquelas que o escolhem com base "no bom ambiente". Penso que os dois sistemas têm vantagens.
Ideias sobre o assunto?
Para mais anúncios recentes de concursos "públicos" para doutorados ver
http://www.snesup.pt/htmls/EEVVApEFEZOgsRXGHs.shtml
Cumprimentos
veja o ponto 7 de
http://www.eracareers.pt/opportunities/ ... 91&lang=pt
Parece copy/paste de um curriculum...
Será que este sistema faz sentido? É arriscar a carreira da pessoa que está à espera do concurso, gastar recursos ao estado, mentir aos candidatos e ser hipócrita com a ideia de "concurso público ".
Talvez pudéssemos dar autonomia às instituições para escolher a sua forma de contratação. Umas escolheriam concursos públicos com transparência, as outras contratariam com os critérios que definissem, como nas privadas e nas empresas . Depois, os alunos, e as entidades colaboradoras com estas instituições decidiam entre
aqueles que escolhem o seu corpo docente com base nos melhores currículos ou aquelas que o escolhem com base "no bom ambiente". Penso que os dois sistemas têm vantagens.
Ideias sobre o assunto?
Para mais anúncios recentes de concursos "públicos" para doutorados ver
http://www.snesup.pt/htmls/EEVVApEFEZOgsRXGHs.shtml
Cumprimentos
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Re: Estatísticas de Concursos Professor Auxiliar
jfdtiago,jfdtiago wrote:Se alguém quiser rir um pouco com os concursos em Portugal
veja o ponto 7 de
http://www.eracareers.pt/opportunities/ ... 91&lang=pt
Parece copy/paste de um curriculum...
É um facto que existe pouca transparência em muitos concursos públicos, por vezes parecendo que o que está escrito no edital do concurso para a vaga/bolsa é "se não se chamar X, não concorra". Mas na realidade, neste caso, não me parece chocante os itens do ponto 7 parecerem "copy/paste de um curriculum", porque o ponto 7 começa precisamente por dizer:
Nem sequer está implícito que a pessoa tenha de ter tudo aquilo, é apenas uma minuta de CV.Do curriculum vitae, deverão constar:
J
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Re: Estatísticas de Concursos Professor Auxiliar
JC,D_Little_B wrote: não me parece chocante os itens do ponto 7 parecerem "copy/paste de um curriculum", porque o ponto 7 começa precisamente por dizer:
Nem sequer está implícito que a pessoa tenha de ter tudo aquilo,Do curriculum vitae, deverão constar:
De facto no edital diz:
"Do curriculum vitae, deverão constar:
7.1 – Habilitações académicas e formação complementar (...)"
Penso que esta é a linguagem normal que se utiliza em qualquer caso. Uma alternativa como
"É obrigatório constar" logo seguido de uma extensa lista, seria no mínimo gritante.
Precisamente. A sensação que me deu é que foi copy/paste de uma minuta do tipo das que existem nas escolas para os relatórios dos seus docentes,D_Little_B wrote:é apenas uma minuta de CV.
"(...)apoio à gestão de infra-estruturas, participação em actividades de extensão, divulgação das actividades desenvolvidas e capacidade de angariação de benefícios para a escola."
os quais se interessados num concurso público, terão já o currículo "perfeitamente ajustado"!
De qualquer forma, o facto de que para ti, isto não seja claro, obriga-me a admitir que talvez não seja assim tão óbvio e ir rever o meu sentido comum

Obrigado pelo comentário

Cumprimentos
JT