Olá a todos,
Ouvi dizer que é necessário média igual ou superior a 16 para efectuar a candidatura a uma Bolsa de Doutoramento da FCT. Procurei na net mas não encontrei informação compatível. É mesmo assim? Supondo que termino o Mestrado Integrado com 15 ou 14, nem com um bom currículo científico posso candidatar-me?
Obrigado pela ajuda
Média para Bolsa de Doutoramento
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João
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Re: Média para Bolsa de Doutoramento
Frostie wrote:Olá a todos,
Ouvi dizer que é necessário média igual ou superior a 16 para efectuar a candidatura a uma Bolsa de Doutoramento da FCT. Procurei na net mas não encontrei informação compatível. É mesmo assim? Supondo que termino o Mestrado Integrado com 15 ou 14, nem com um bom currículo científico posso candidatar-me?
Obrigado pela ajuda
Olá Frostie!
O que ouvis-te dizer é uma informação completamente falsa porque não conta só a média, também conta o CV, conta o facto de se tens mestrado, artigos, etc. Por outro lado não há "notas mínimas" para concorrer, isto é, por exemplo, um candidato com média de licenciatura de 13 ou 14 com o mestrado e um ou dois artigos pode conseguir perfeitamente a bolsa, ficando apenas dependente do CV dos restantes candidatos e da área em que concorre (há áreas em que a pontuação é mais elevada que outras). Não conta só a média e o teu CV (embora seja o que vale mais na avaliação dos painéis das bolsas), conta também o plano de trabalhos que propões para a eventual bolsa e o mérito do teu orientador e as condições da instituição de acolhimento. Agora, é óbvio que um candidato com média de Licenciatura de 16 ou mais valores tem grande possibilidades de conseguir bolsa de doutoramento. Estás em que área e em que faculdade já agora?
Cumprimentos,
João
PhD
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nowikissyou
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Re: Média para Bolsa de Doutoramento
Frostie, o regulamento é este:
http://alfa.fct.mctes.pt/apoios/bolsas/ ... ento.phtml
Guião de avaliação para 2008:
http://alfa.fct.mctes.pt/apoios/bolsas/ ... ao2008.pdf
Não há nenhum valor mínimo para a média de Licenciatura e/ou Mestrado, mas duvido que candidatos com menos de 14 valores tenham hipóteses, excepto em áreas com muito pouca procura.
Tradicionalmente, 16 era a nota que (quase) garantia a bolsa desde que não comprometesses nos outros critérios. Um 15 e um mestrado pré-Bolonha ou um bom currículo também perspectivava boas hipóteses. Com a entrada em vigor do Processo de Bolonha e a remodelação dos programas doutorais, ficou tudo um pouco turvo.
Podes pesquisar aqui no fórum as linhas de corte da tua área, estimar a tua nota e ver onde ficavas colocado caso tivesses concorrido nessa altura.
http://alfa.fct.mctes.pt/apoios/bolsas/ ... ento.phtml
Guião de avaliação para 2008:
http://alfa.fct.mctes.pt/apoios/bolsas/ ... ao2008.pdf
Não há nenhum valor mínimo para a média de Licenciatura e/ou Mestrado, mas duvido que candidatos com menos de 14 valores tenham hipóteses, excepto em áreas com muito pouca procura.
Tradicionalmente, 16 era a nota que (quase) garantia a bolsa desde que não comprometesses nos outros critérios. Um 15 e um mestrado pré-Bolonha ou um bom currículo também perspectivava boas hipóteses. Com a entrada em vigor do Processo de Bolonha e a remodelação dos programas doutorais, ficou tudo um pouco turvo.
Podes pesquisar aqui no fórum as linhas de corte da tua área, estimar a tua nota e ver onde ficavas colocado caso tivesses concorrido nessa altura.
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Tiago H. Silva
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Re: Média para Bolsa de Doutoramento
Olá Frostie.
Os colegas já foram comentando e como percebes, não é de facto verdade que precises de ter média de 16 para fazer a candidatura. Como eles disseram, ter média de 16 ajuda, mas não garante. Em rigor, não há nenhuma que garanta, embora médias altas ajudem muito
Esse boato pode ter surgido por vários motivos.
Antigamente, as candidaturas eram divididas em dois grupos: A e B. No primeiro grupo eram colocados os candidatos com média de 16 ou superior, que tinham bolsa atribuída, a não ser que houvesse algum aspecto que levantasse algum problema (imagino que projecto manhoso, ou coisa do género...). No segundo grupo, eram colocados os restantes candidatos, cuja candidatura era efectivamente avaliada.
Houve um ano (julgo que em 2002) em que na minha área (Química) só quem tinha 16 é que conseguiu bolsa.
Entretanto, o grupo A passou a ser para quem tinha média de 17 ou superior e depois deixaram de existir os grupos A e B e todas as candidaturas são avaliadas. Na minha opinião, esta é a melhor opção.
Neste momento, há vários colegas que tiveram bolsa com médias inferiores a 16. Não é fácil, mas é perfeitamente possível.
Por outro lado, para te candidatares a uma bolsa de doutoramento, tens de estar inscrito em doutoramento ou o conselho científico (ou orgão equivalente) tem de declarar que aceita a tua inscrição se tiveres bolsa. E esta pode também ter sido a origem do "boato", porque a questão da média de 16 surgia tradicionalmente nos regulamentos das Universidades para acesso a Doutoramento. Para aceder ao doutoramento, o candidato teria de: (i) ter o grau de mestre ou (ii) ser licenciado com média de 16 ou superior ou (iii) apresentar currículo de mérito relevante. No entanto, na prática, os candidatos iam sendo aceites com médias inferiores, mesmo sem mestrado. Note-se que para mestrado acontecia o mesmo: requeria-se média de 14 na licenciatura, mas eram aceites candidatos com médias inferiores.
As más línguas diriam que as propinas davam sempre jeito, independentemente da média de licenciatura
Com a adequação dos cursos ao Tratado de Bolonha isto pode ter-se alterado, mas em qualquer caso, como referi, não conheço nenhum caso em que a média de licenciatura tenha sido impedimento para candidaturas. Mas, claro, é um factor muito importante!
Tiago
Os colegas já foram comentando e como percebes, não é de facto verdade que precises de ter média de 16 para fazer a candidatura. Como eles disseram, ter média de 16 ajuda, mas não garante. Em rigor, não há nenhuma que garanta, embora médias altas ajudem muito
Esse boato pode ter surgido por vários motivos.
Antigamente, as candidaturas eram divididas em dois grupos: A e B. No primeiro grupo eram colocados os candidatos com média de 16 ou superior, que tinham bolsa atribuída, a não ser que houvesse algum aspecto que levantasse algum problema (imagino que projecto manhoso, ou coisa do género...). No segundo grupo, eram colocados os restantes candidatos, cuja candidatura era efectivamente avaliada.
Houve um ano (julgo que em 2002) em que na minha área (Química) só quem tinha 16 é que conseguiu bolsa.
Entretanto, o grupo A passou a ser para quem tinha média de 17 ou superior e depois deixaram de existir os grupos A e B e todas as candidaturas são avaliadas. Na minha opinião, esta é a melhor opção.
Neste momento, há vários colegas que tiveram bolsa com médias inferiores a 16. Não é fácil, mas é perfeitamente possível.
Por outro lado, para te candidatares a uma bolsa de doutoramento, tens de estar inscrito em doutoramento ou o conselho científico (ou orgão equivalente) tem de declarar que aceita a tua inscrição se tiveres bolsa. E esta pode também ter sido a origem do "boato", porque a questão da média de 16 surgia tradicionalmente nos regulamentos das Universidades para acesso a Doutoramento. Para aceder ao doutoramento, o candidato teria de: (i) ter o grau de mestre ou (ii) ser licenciado com média de 16 ou superior ou (iii) apresentar currículo de mérito relevante. No entanto, na prática, os candidatos iam sendo aceites com médias inferiores, mesmo sem mestrado. Note-se que para mestrado acontecia o mesmo: requeria-se média de 14 na licenciatura, mas eram aceites candidatos com médias inferiores.
As más línguas diriam que as propinas davam sempre jeito, independentemente da média de licenciatura
Com a adequação dos cursos ao Tratado de Bolonha isto pode ter-se alterado, mas em qualquer caso, como referi, não conheço nenhum caso em que a média de licenciatura tenha sido impedimento para candidaturas. Mas, claro, é um factor muito importante!
Tiago